Avaliações Psicológicas
Avaliação psicológica no contexto da cirurgia bariátrica
A cirurgia bariátrica é um tratamento eficaz contra a obesidade mórbida e também utilizado em casos de diabetes, hipertensão e demais doenças agravadas pelo excesso de peso.
Entendendo-se que o sucesso da operação depende da mudança de hábitos, pensamentos e comportamentos, um dos principais objetivos da avaliação psicológica neste contexto é verificar a preparação do paciente para as mudanças. Busca-se entender se a pessoa dispõe de recursos internos e suporte familiar para enfrentar o procedimento cirúrgico, as restrições e conflitos que podem acontecer nos momentos pré e, principalmente, pós-cirúrgico.
Além da avaliação, o psicólogo tem o papel de auxiliar na preparação do paciente e de sua família para a vida após o procedimento cirúrgico, trabalhando para a promoção da saúde mental do paciente e familiares envolvidos.
Como acontece a avaliação psicológica no contexto da cirurgia bariátrica?
O processo de avaliação acontece em alguns encontros. Tem início com a entrevista clínica, na qual o psicólogo busca conhecer o contexto clínico e de vida da pessoa, abordando especialmente aspectos relacionados à realização do procedimento cirúrgico. Na sequência, são utilizados testes, questionários, inventários e escalas específicos para investigar aspectos emocionais, psiquiátricos e cognitivos que possam interferir no resultado da operação.
Avaliação psicológica para procedimentos de esterilização: laqueadura e vasectomia.
Os procedimentos de esterilização voluntária - laqueadura e vasectomia - fazem parte do planejamento familiar e requerem uma avaliação psicológica, além do consentimento livre e esclarecido de ambos os cônjuges.
O plano de avaliação psicológica neste contexto pode envolver aplicação de testes e tem como principal objetivo verificar a consciência do paciente sobre esta decisão, expectativas e temores relacionados ao procedimento e ao encerramento da vida reprodutiva propriamente dita.
Avaliação psicológica para manuseio de arma de fogo
A Lei Nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, aborda aspectos relacionados à avaliação psicológica para manuseio de arma de fogo. Esta avaliação tem por objetivo verificar aspectos psicológicos relevantes para o manuseio de armas de fogo, conforme Instruções Normativas específicas, do Departamento da Polícia Federal.
Para atuar na área de avaliação psicológica para concessão de registro e/ou porte de arma de fogo, é indispensável que o psicólogo esteja inscrito no Conselho Regional de Psicologia e seja credenciado pela Polícia Federal.
A comprovação da aptidão psicológica é exigida nos procedimentos de aquisição, registro, renovação de registro, transferência, porte de arma de fogo, credenciamento de armeiros e instrutores de armamento e tiro, bem como para exercício da função de vigilante.
Sobre o local de realização das avaliações
O local para realização destas avaliações deve estar de acordo com as exigências do Conselho Federal de Psicologia e ser credenciado junto à Polícia Federal para esta finalidade. Para realizar avaliações em locais diferentes, o psicólogo precisa ter uma autorização específica da Polícia Federal.
Sobre a avaliação e entrega do resultado
Via de regra, a avaliação é realizada em um único encontro que conta com a aplicação de testes e realização de entrevista. A entrega dos resultados ao solcitiante é realizada posteriormente, durante entrevista devolutiva.